Solidão...

Ah solidão como você tem me acompanhado nesses últimos meses.

Tanta coisa aconteceu em 2021:

*A viagem tão planejada e tão sonhada, não foi exatamente a viagem dos sonhos. Mas eu vi o mar, então o resto eu sobrevivi. Estava com tantas saudades do mar, mas tantas... o Mar seria minha casa fácil fácil.

*Minha tão sonhada Sofia apareceu.... minha pequena e preciosa joia apareceu e virou minha vida de cabeça pra baixo.

Ah minha pequena, você ainda não nasceu mas já mudou tudo na minha vida. Me fez abrir mão de tantas coisas, me fez ler e ler vários assuntos de bebês: o que pode, o que não pode, o porquê disso, o porquê daquilo. Se tal sintoma na gravidez é normal, se tinha algo errado com cada dor diferente no meu corpo...

Enquanto escrevo tudo isso você está prestes a vir a esse mundo.... contando os dias para ver você, pra ter você pertinho de mim... mas ao mesmo tempo apavorada com a ideia de não conseguir ser o suficiente pra você, de não conseguir ser tudo aquilo que você precisa que eu seja meu amor.

Um pé nas 37 semanas de gestação e eu não sei como as coisas serão daqui pra frente... a única certeza é de que você sempre será minha e eu sempre serei sua minha princesa.

*Vi pessoas 'me deixando' nesse momento da gravidez, deixando toda a responsabilidade sobre as minhas costas. Trabalhei igual burro de carga, chorei como se todas as minhas lágrimas fossem secar, acreditei que não daria conta do serviço, ou que não seria capaz de substituir a 'mente brilhante', mas as vezes a gente precisa apenas meter a cara e acreditar que vai conseguir, ou fingir que vai conseguir. Porque no final a gente sempre supera os limites, sempre consegue fazer aquilo que achamos ser impossível, consegue fazer aquilo que achávamos que não seríamos capazes de fazer.

*Vi a pessoa que 'menos valorizava' ficando ao meu lado nos momentos difíceis no trabalho. E sendo honesta não sei o que teria feito sem ela durante esses 4 meses de trabalho sem fim. Enquanto as outras foram embora, você ficou do meu lado e me ajudou da forma que podia, assumiu responsabilidades que nunca imaginei que você encararia tão bem. E no final nunca foi você que precisou de mim, sempre fui que precisei da sua ajuda, apenas não enxergava isso.

*Vi VOCÊ viver a sua vida como se não estivesse esperando uma princesa nascer...

Vi você sair e aproveitar as coisas mais do que nunca, vi você me deixando em casa sozinha para ir aproveitar uma sexta a noite, um sábado, ou uma festa de aniversário no meio da semana... Enquanto isso eu ficava em casa, com meu cansaço, com meus medos e inseguranças com a chegada de uma criança.

Vi você querer sair com todos, menos comigo.

Nem lembro a última vez que fizemos algo apenas nós dois.

Não é fato de ter minhas privações, sobre bebidas em 'aproveitar' uma noite de barzinho, que eu não quisesse fazer algo de casal com você, de sair com meu namorado/marido.... mas claramente você não queria ir comigo a lugar nenhum que não fosse mercado, farmácia....

Se você soubesse como essas coisas doeram, como isso me fez ter a certeza que será eu e minha bebê sempre. Que eu vou ser a mãe em tempo integral enquanto você vai ser o pai quando te convir (sim estou escrevendo isso num momento de muita tristeza e chorando, então espero estar errada sobre isso, mas nesses momento, esse é o meu sentimento, a minha dor e não ligo se alguém vai se machucar, porque nesse momento estou em pedaços.

Eu não posso contar com minha mãe, ela mal consegue cuidar dela, imagina cuidar de mim e da Sofia quando ela nascer.

Isso me leva a pergunta básica: quem vai cuidar de mim??

Essa é a pergunta que me corrói todo dia, a toda hora.

Antes eu acreditava que você fosse cuidar, que você estaria aqui para tudo, mas agora eu honestamente não consigo ver isso, e tão pouco consigo sentir que você vai estar aqui quando eu mais precisar.

As pessoas falam: "Você é corajosa em querer parto normal', mas elas não sabem que isso é uma necessidade, preciso estar bem pra cuidar da Sofia e de mim, porque será apenas eu no final das contas. Não posso me dar ao luxo de precisar de alguém, porque não vai haver alguém lá pra me ajudar.

Diante de tantas coisas vividas e sentidas em 2021 eu sinto uma exaustão tão grande que não consigo expressar em palavras a montanha russa que virou meus sentimentos, minha vida A solidão me consome, o cansaço me abraça e tristeza me pega nos braços. Minha única certeza é que:

No final do dia será apenas eu e a Sofia.

Algumas ações e palavras doem mais que tapas.

Ferem nossas crenças, nossa identidade.

Ferem a pessoa que fomos criadas para ser.

Ferem o que acreditamos.

Ferem aquilo que somos.

As coisas quando precisam acontecer, elas simplesmente acontecem independente de querermos ou não, de estarmos preparados ou não.

As mudanças simplesmente vem.

E temos que fazer o podemos com aquilo que temos em mãos.

Mas acredito que em algum momento a gente precise mudar.

Tudo muda, desde o momento em que abrimos os olhos, até o momento em que damos o último suspiro.

Mudar é assustador, da medo, da frio na barriga, da borboletas....

Mas mudar é necessário.

Mudar nos faz querer encarar novos objetivos, novas metas, novas conquistas.

Mudar é o que nos manter vivos.

Porque precisamos viver e não apenas existir.

Quanto mais você me machuca, menos eu choro
Sou muito boa em dizer adeus....

Too Good At Goodbyes

Estou uma bagunça e ainda estou quebrada
Mas estou encontrando o meu caminho de volta 
E sinto como se alguém tivesse roubado
Toda a luz que eu já tive 

Como se o mundo tivesse desaparecido
E estou deitada bem aqui
Enquanto o silêncio é penetrante
E dói respirar

Eu não tenho muito
Mas pelo menos eu ainda tenho a mim
(Eu ainda tenho a mim)
E isso é tudo que eu preciso

Então tome minha fé
Mas pelo menos eu ainda acredito
(Eu ainda acredito)
E isso é tudo que eu preciso 
Eu não tenho muito
Mas pelo menos eu ainda tenho a mim

Tudo ao meu redor se despedaçou
Todos os altos agora são apenas baixos
Mas isso nem importa
Porque eu prefiro ficar sozinha 

Todo o meu amor desapareceu
E eu estou deitada bem aqui
Enquanto o silêncio é penetrante
E dói respirar

Eu não tenho muito
Mas pelo menos eu ainda tenho a mim
(Eu ainda tenho a mim)
E isso é tudo que eu preciso

Então tome minha fé
Mas pelo menos eu ainda acredito
(Eu ainda acredito)
E isso é tudo que eu preciso 
Eu não tenho muito
Mas pelo menos eu ainda tenho a mim

Ooh, ooh
(Eu não tenho muito mas pelo menos eu ainda tenho a mim)
Hmm
Ooh, ooh
Woah, woah

Eu não tenho muito
Mas pelo menos eu ainda tenho a mim (mim)
(Eu ainda tenho a mim)
E isso é tudo que eu preciso (é tudo que eu preciso)

Então tome minha fé
Mas pelo menos eu ainda acredito (acredito)
(Eu ainda acredito)
E isso é tudo que eu preciso (é tudo que eu preciso)
Eu não tenho muito
Mas pelo menos eu ainda tenho a mim 

 Não importa quanto tempo passe, algumas feridas parecem que nunca vão cicatrizar

Essa é a minha verdade mais absoluta hoje.
Não importa quanto tempo já tenha passada, ainda me sinto completamente quebrada, me sinto incompleta, sinto que há um vazio dentro de mim que parece nunca poder ser preenchido.

Meus demônios nunca vão embora e eu já não consigo mais conviver com eles. Não consigo mais esperar as coisas acontecer.

Não tenho mais paciência para esperar você decidir o que quer da sua vida, porque a MINHA VIDA simplesmente está passando diante de mim, e tenho a sensação de que estou apenas existindo ao invés de viver 

Alguns sonhos não podem ser sonhados sozinhos.
Acho que não importe quanto tempo passe, você nunca vai querer sonhar o mesmo sonho que eu.
Você quer viver a vida como se não houvesse o amanhã. Quer sair pelo mundo livre, leve e solto.
Eu quero segurança, estabilidade. Quero acordar e ter um pinguinho de gente me olhando e transmitindo o maior, e mais verdadeiro amor do mundo.
Acreditei que com o passar do tempo você fosse mudar de ideia, fosse querer viver o meu sonho, mas a única certeza que tenho é que estou sonhando sozinha, e que será assim sempre.

Jess Glynne - Take Me Home

Sempre odiei ficar sozinha.
Sempre.
Estar sozinha me mostra o quanto eu sou solitária, me mostra o quanto eu sempre estou sozinha, sempre.
Quando estou no meio das pessoas, eu tenho a falsa ilusão de que elas gostam de mim, de que elas (mesmo que por interesse) escolhem ficar ao meu lado.
Mas quando estou sozinha, eu percebe que não tenho ninguém.
Ninguém a quem chamar, ninguém a quem gritar, ninguém a me esperar.
Ninguém realmente me quer por perto, ninguém lembra de mim, nem ao menos você mana...
Eu li uma frase semana passada que me define muito bem: "Não foi o fim do mundo, mas algo dentro de mim morreu".
Essa frase define meu aniversário. Você não lembrou de mim mana, assim tantas outras pessoas que achei que lembrariam. Foi a certeza de que tive, de que nunca vou ser boa o bastante pra ninguém, porque as pessoas sempre vão embora, e sempre fico me perguntando onde errei dessa vez.
Ouvindo "O Tempo" do Oficina G3, diz "os meus sonhos o vento não pode levar...", e me dei conta de que não tenho sonho algum.
É como se algo dentro de mim, tivesse morrido e eu não tivesse percebido. Não sei o que desejo, o que anseio. E pra ser bem franca, tenho até medo de querer algo, porque definitivamente as coisas nunca saem como eu quero, como planejei.
Quantos sonhos já perderam, quantos sonho o vento já levou.
Não tenho conexão nenhuma com essa cidade, não importa quanto tempo passe, sinto que não tenho raízes aqui. Não tenho memórias, não tenho apego emocional a absolutamente nada aqui.
Vejo a vida das pessoas que me são importantes, através de redes sociais, como um mero expectador, quando na verdade eu queria estar presente na vida dessas pessoas, queria estar lá nos momentos difíceis, nos momentos alegres. Queria estar comemorando as vitórias e chorando as derrotas com as pessoas que de fato marcaram a minha vida, mas ao invés de tudo isso, me vejo aqui sozinha, encarando meus medos e demônios sem ninguém pra me abraçar.

Simplesmente não sei a qual lugar pertenço.

"

(...) Ninguém muda ninguém. As pessoas são como são até que elas mesmas decidam fazer algo diferente. A motivação, se acontece, parte do individuo, e não de algum sentimento de dever, amor ou qualquer baboseira do gênero. É meio parecido com o cabelo: você pode tentar alisar um cacho ou criar anéis em um liso absoluto, mas ao primeiro sinal de umidade ele vai assumir sua verdadeira natureza e te deixar descabelada, frustrada e com a sensação de que desperdiçou uma parte preciosa de sua vida tentando domá-lo"

(Amor sob Encomenda)